Os incêndios florestais são uma das
principais perturbações abióticas nas florestas
naturais e plantadas, afetando vastas áreas no
mundo. No Sul da Europa, os incêndios rurais
são episódios frequentes e recorrentes pelo
que o seu risco tem de ser imperativamente
incluído na gestão dos espaços florestais. Para
evitar os danos causados pelo fogo é necessário
considerar procedimentos de prevenção ou de
redução da sua propagação. As opções mais
comuns incluem a seleção das espécies arbóreas
a plantar, promovendo a utilização das essências
mais resistentes ao fogo, aliada à sua organização
no espaço através da compartimentação, numa
perspetiva de minimização de risco à escala da
paisagem. Ao nível do povoamento, promovese
a redução da carga de combustível da
vegetação de sub-bosque. Esta redução pode
ser conseguida através da prescrição de fogo
controlado, por remoção mecânica, ou pastoreio,
ou, indiretamente, por gestão da densidade do
coberto arbóreo. Neste trabalho considera-se a
aplicação de dois métodos para a redução da
biomassa combustível de sub-bosque. Um dos
métodos assenta em técnicas silvícolas de gestão
da densidade média entre as árvores, enquanto
o outro considera a utilização de caprinos.
A eficácia dos dois tipos de abordagens na
redução da carga de combustível será avaliada e
discutida em casos de estudo relativos à floresta
portuguesa, no âmbito das atividades do Projeto
FTA+siv – Florestação de Terras Agrícolas com
Mais Silvicultura, Inovação e Valor.