Devido aos recentes escândalos alimentares relacionados com adulterações em produtos cárneos, tem-se assistido a uma maior atenção por parte dos consumidores e autorida-des sobre a ocorrência de fraudes neste setor, especialmen-te no que respeita a substituição de carne de espécies ani-mais de valor elevado por proteínas musculares de mais baixo custo. Em particular, devido ao seu baixo preço e ele-vada disponibilidade, a carne de porco e/ou derivados de suíno (gordura, plasma, colagénio, entre outros) podem ser fraudulentamente adicionados em produtos cárneos, tendo por objetivo o aumento de lucros de fabricantes pouco es-crupulosos [1,2]. Para além destas práticas representarem uma fraude económica, a presença de espécies animais não declaradas na rotulagem é algo que causa elevada preocu-pação em certos grupos religiosos para os quais o consumo de determinadas espécies é proibido.