Projeto MITE - Varroa e vírus transmitidos: MonItorização de muTações e dEsenvolvimento de ferramentas moleculares inovadoras
Artigo de Conferência
Visão geral
Pesquisas
Ver Todos
Visão geral
resumo
O ácaro ectoparasita varroa (Varroa destructor), que causa a doença varroose, e alguns
dos vírus transmitidos, como o vírus das asas deformadas (Deformed wing vírus – DWV),
são apontados como umas das mais importantes ameaças para a abelha melífera a nível
global. O controle mais eficaz da varroa envolve o uso de acaricidas, sintéticos ou
orgânicos. No entanto, o uso intensivo dos acaricidas sintéticos tem levado ao
desenvolvimento de resistência da varroa ao tratamento em muitas regiões do mundo, o
que tem causada uma maior perda de colónias. A base molecular de alguns dos
mecanismos de resistência da varroa às moléculas sintéticas mais usadas (os piretroides
formamidinas) foi descrita recentemente. Esta informação, quando associada a testes
genéticos de fácil implementação, permite a monitorização das populações de varroa o
que poderá ajudar na luta integrada contra a varroose. Ao contrário do que acontece com
a varroa, para os vírus não há nenhum tratamento disponível. Em Portugal continental,
não é conhecida a distribuição e prevalência dos vírus mais importantes das abelhas. No
entanto, compreender a distribuição e disseminação das doenças é essencial ao
desenvolvimento de estratégias adequadas ao seu controlo e contenção. Genericamente,
neste projeto pretende-se verificar se existem em Portugal populações de varroa
portadoras dos alelos que conferem resistência aos piretróides e ao amitraz, e em caso
afirmativo estudar a sua distribuição geográfica. Pretende-se também modernizar o setor
apícola ao desenvolver-se ferramentas moleculares inovadoras que possam ser facilmente
usadas na luta integrada contra a varroose e concomitantemente na deteção dos vírus
associados, como o DWV.