Impacto da substituição de espécies florestais no armazenamento de carbono em áreas de montanha da região mediterrânea
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A substituição de espécies florestais pode interferir de forma significativa na quantidade de carbono armazenada nos diversos compartimentos que constituem os ecossistemas terrestres (biomassa, horizontes orgânicos e solo). Com o presente trabalho pretende-se avaliar a influência da substituição da vegetação climácica (Quercus pyrenaica) da Serra da Nogueira, situada no NE Portugal, pelas espécies Pseudotsuga menziesii (PM) e Pinus nigra (PN) no armazenamento de carbono no sistema. Para o efeito, estabeleceram-se três parcelas de 315 m2 em povoamentos de cada uma das espécies consideradas (9 parcelas no total) e procedeu-se à medição da altura e do diâmetro à altura do peito de todas as árvores e à colheita de amostras de vegetação herbácea e de horizontes orgânicos em áreas de 0,49 m2 em 15 pontos por espécie (5 por parcela). Nos mesmos pontos colheram-se amostras de solo perturbadas e não perturbadas nas profundidades 0-5, 5-10, 10-15, 15-20 e 20-30 cm. Trinta anos após a substituição da vegetação climácica observam-se ganhos de carbono na biomassa das espécies florestais e nos horizontes orgânicos, o que é mais notório na espécie PM, e perdas significativas de carbono no solo. O total de carbono acumulado é significativamente superior em PM (331 Mg ha-1) comparativamente a PN (246 Mg ha-1) e QP (273 Mg ha-1), que apresentam valores estatisticamente idênticos.