A formação superior na construção das representações e identidade profissional: o caso da enfermagem uri icon

resumo

  • Questiona-se em que medida a formação em enfermagem poderá contribuir para a renovação das representações e da identidade profissional. É a necessidade de melhor compreender o fenómeno de formar para um desempenho profissional autónomo e gratificante que sustenta este estudo. Objetivo: identificar as representações e identidade profissional dos alunos de enfermagem e em que medida sofreram alterações com o decorrer da formação. Metodologia: estudo descritivo. Não tendo sido possível por razões de tempo realizar um estudo longitudinal, optámos, de acordo com Ghiglione e Matalon (2001), por uma “amostra temporal” de estudantes de licenciatura de enfermagem agrupados em 2 grupos: um de 91 alunos do 1.º ano e outro de 82 alunos do 4.º ano, a quem foi aplicado um questionário. Resultados: A representação e identidade profissionais de enfermagem são expressas pelos inquiridos com alguma ambiguidade, porém a maior valorização das funções autónomas por parte dos alunos do 4.º ano, nomeadamente das funções preventivas, de investigação e de promoção da saúde, tendo em conta a formação adquirida, pode significar uma evolução positiva no sentido e uma conceção mais específica da profissão. Alunos do 1.º e do 4.º ano valorizam a componente humana e relacional na formação. Os alunos do 4.º ano atribuem maior importância à componente científica. Conclui-se que a formação contribui para a valorização das funções autónomas e para a humanização dos cuidados o que poderá indiciar um agir profissional flexível e de constante construção.

data de publicação

  • dezembro 2019