Estudo preliminar sobre as formigas (Hymenoptera: Formicidae) associadas ao olival da Terra Quente Transmontana (Nordeste de Portugal). uri icon

resumo

  • Com o presente estudo pretendeu-se contribuir para identificar as principais espécies de formigas associadas ao olival da Terra Quente Transmontana (Nordeste de Portugal) e por outro lado, conhecer diferentes aspectos do seu comportamento, como os que se referem à época de maior ocorrência das diferentes espécies, ao período do dia em que apresentam maior actividade nas árvores e à sua importância na protecção contra espécies nocivas. As observações decorreram entre Abril e Junho de 1999, num olival de cerca de 50 anos de idade, isento de tratamentos fitossanitários há vários anos e conduzido em regime de sequeiro. Com periodicidade semanal seleccionaram-se ao acaso três árvores, cujo tronco se observou durante 10 minutos em quatro períodos distintos do dia - 9, 11, 15 e 17 horas -, para recolha de todas as formigas presentes. Estas identificaram-se como pertencentes a dez espécies: Crematogaster scutellaris Oliv., Tapinoma nigerrimwn Nyl., Tetramorium semilaeve André, Cataglyphis hispânica Emery, C. ibérica Emery, Camponotus piceus Leach, C. lateralis Oliv., C.foreli Emery, Leptothorax angustulus Nyl. e Plagiolepis pygmaea (Latr.). T. nigerrimum foi a espécie mais abundante, quer no conjunto dos exemplares identificados, com 89,4% destes exemplares, quer em cada uma das datas de amostragem e períodos do dia. A maior actividade registou-se nas amostragens correspondentes às 9 e 17 horas, quando se obtiveram 30,7% e 30,2% do total de exemplares. Nove dos indivíduos recolhidos transportavam presas visíveis, que eram, em seis casos, lagartas de Prays oleae (Bern.), num caso um adulto de Euphyllura olivina Costa e noutro, uma ninfa de Psocoptera e um indivíduo não identificado. Das formigas que transportavam presas, três pertenciam à espécie T. nigerrimum, três a C. piceus, duas a C. hispânica e uma a C. scutellaris.

data de publicação

  • janeiro 1, 2002