As doenças nas plantas resultam da tripla interação entre os
agentes patogénicos as plantas hospedeiras e as condições
ambientais. As estratégias de proteção das plantas baseiam-se,
naturalmente, na intervenção direta num destes fatores
nomeadamente na utilização de substâncias tóxicas (fungicidas)
para eliminar os agentes patogénicos, na alteração das condições
ambientais para favorecer as plantas e/ou impedir o
desenvolvimento dos parasitas e ainda na obtenção de plantas
resistentes com recurso às técnicas do melhoramento vegetal. O
caráter dinâmico dos processos biológicos e dos ecossistemas
mostrou, no entanto, que as soluções não são definitivas e
deixam de ser eficazes como aconteceu com o aparecimento da
resistência dos fungos aos fungicidas e a perda da resistência das
plantas pela rápida alteração da população do agente patogénico.
O conhecimento dos processos biológicos em cada situação
concreta é assim uma nova abordagem para a prática da proteção
das plantas que disponibilizará soluções sustentáveis, mesmo
para as quais nunca existiram fungicidas eficazes nem plantas
resistentes como no caso do Cancro do Castanheiro.