Uso de ferramentas de geoestatística na modelação da distribuição de carbono nos solos da bacia hidrográfica do alto rio Sabor, NE Portugal
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resumo
A humanidade exerce com maior intensidade a pressão de suas atividadades nos sistemas terrestres (rochas, solo e vegetação), isto intefere na quantidade de carbono armazenado causando o desequilibrio registrado atualmente. Há uma diversidade de fatores que interferem na quantidade de carbono armazenado no solo e se faz importante a aplicação de ferramentas a nível da paisagem para assim definir estratégias para manutenção do carbono no solo e mitigação dos efeitos de alterações no fluxo do carbono. Neste sentido, o presente trabalho visou a amostragem em diferentes pontos dentro da bacia hidrográfica, a quantificação de carbono orgânico e a modelação da distribuição do carbono para toda a bacia do Alto rio Sabor, NE Portugal. Para alcança o objetivo utilizou-se técnicas de amostragem dos solos em 120 pontos eleitos de forma aleatória e técnicas laboratoriais para determinação da concentração de carbono orgânico. Por último, utilizou-se três diferentes modelos de regressão (Linear Multivariada, PLS e Random Forest) para correlacionar a distribuição do carbono com características da paisagem (altitude, declive, tipo de solo e uso da terra), com o resultado dessas regressões e ferramentas de geoprocessamento pode-se modelar a distribuição do carbono para todo o território. Obteve-se que se pode possuir mais de 1,5 milhões de toneladas de carbono armazenadas na área, pois o valor médio armazenado é de 49,5 t ha-1 na camada de 0 a 30 cm de profundidade. Dentre os três modelos de regressão obteve-se que o método Random Forest apresenta melhores resultados de correlação e validação, quando comparado com os demais modelos. A partir do mapeamento em que se utilizou os resultados de predição obtidos pelo método Random Forest observa-se que a maior parte do carbono está armazenada na região norte da bacia, dentro da área do Parque Natural de Montesinho. O presente trabalho pode ser utilizado como ponto de partida para acompanhar a evolução da paisagem no que se refere à distribuição do carbono na bacia, como também auxiliar na definição de áreas a serem exploradas com a finalidade de aumentar os estoques de carbono dentro do Parque Natural de Montesinho.