Tendências da produção e mercados da castanha em Portugal
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Visão geral
resumo
A castanha foi já conhecida como o “petróleo de Trás-os-Montes”, tal a sua
importância para a economia regional. Atualmente, este fruto debate-se
com vários desafios (e.g., alterações climáticas, doenças e pragas, e
evolução demográfica e dos mercados) que ameaçam o seu futuro. Neste
contexto, esta comunicação visa contribuir para a sustentabilidade da
produção nacional de castanha. Para tal, analisam-se as estatísticas anuais
(2006-2016) do mercado nacional de castanha, complementadas por outras
fontes primárias e secundárias, por forma a estabelecer correlações para
identificar constrangimentos e potencialidades da fileira. Os resultados
mostram um acréscimo global da superfície de souto embora aliado a uma
queda da produtividade, dificultando a capacidade de abastecimento do
mercado nacional. Os mercados de produção exibem uma tendência global
de acréscimo do preço, com exceção para a variedade Longal, em Trás-os-
Montes. As dificuldades ao nível da produção são agravadas com problemas
na comercialização, nomeadamente a homogeneidade reduzida dos lotes, a
predominância de circuitos de comercialização longos, o elevado peso do
mercado paralelo, o individualismo e falta de coesão entre os diferentes elos
da cadeia de valor e a concorrência desleal da castanha originária de países
extracomunitários, sujeita a normas legais menos restritivas.