Contributo para a caraterização do setor olivícola e oleícola do Brasil Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • O Brasil é um dos principais importadores mundiais de azeite, sendo que a média anual de importação, na última década, rondou as 64 mil toneladas de azeite. O setor da olivicultura e azeite neste País tem mostrado um dinamismo crescente, com plantação de olivais em diferentes regiões, os quais começam atualmente a entrar em produção. Este trabalho teve por objetivo proceder à análise das importações de azeite para o mercado brasileiro, bem como, fazer um ponto da situação no que se refere à expansão da olivicultura no Brasil. A análise abrange um período de 10 anos (2008 a 2018) e tem por base informação secundária, nomeadamente, estatísticas e outros dados oficiais disponibilizadas por organizações internacionais, como o Conselho Oleícola Internacional e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, e, a nível interno (Brasil), o Ministério da Agricultura e Pecuária e diferentes organismos como EPAMIG, EMBRAPA, SAPI e APTA, e Associações de Agricultores. O Brasil é o segundo maior importador de azeite do mundo importando maioritariamente de Portugal e a Espanha. No período analisado, a área plantada passou de 6 hectares para a estimativa de 6500 hectares em 2018. O Rio Grande do Sul é a primeira região em área cultivada e produção, seguido de perto por Minas Gerais. Por ordem de importância, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás e Bahia são também regiões onde a área plantada está em crescimento. Das variedades, destaca-se a Arbequina, que representa cerca de 50% das oliveiras instaladas, seguida da Arbosana, Koroneiki e Frantoio. Há igualmente áreas plantadas de Ascolano, Barnéa, Coratina, Grapollo, Manzanilha, Maria da Fé, Mission e Picual. As informações recolhidas apontam para 2018 uma produção 1200 toneladas de azeitona e 165000 litros de azeite.

data de publicação

  • junho 2018