Smart cooperation forest: o uso dos meios tecnológicos na manutenção de parcelas florestais de pequenos proprietários do norte de Portugal Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • Incêndios florestais são comuns em Portugal, atualmente o país apresenta maior área incendiada da Europa [1]. Apesar da diminuição das áreas incendiadas no ano de 2019 os incêndios florestais ainda são preocupantes para as autoridades portuguesas e estas reconhecem que as estratégias avançadas de supressão do fogo são importantes, mas a prevenção é o fator mais importante e economicamente mais viável dentre as estratégias existentes de combate aos incêndios florestais [2]. A cooperação e a pró-atividade dos donos das áreas florestais é um fator chave de entre as estratégias de prevenção de incêndios florestais, tendo em vista que em Portugal mais de 70% dos proprietários de terra são pequenos proprietários, possuindo até cinco hectares de área, o que gera dificuldade na implantação de uma gestão integrada. Desta forma participação ativa dessa vasta gama de proprietários rurais se faz necessária na formulação e implantação das políticas públicas para o setor [3]. A relação entre o estado e os pequenos proprietários durante a formulação de políticas públicas é um fator chave na implementação destas, de modo que existe uma necessidade da criação de mecanismos de permitam a participação dos proprietários de áreas florestais nas formulações da base legal que estão relacionadas com a gestão dos recursos florestais [4]. Fatores como a depopulação das áreas rurais e a idade avançada dos proprietários florestais são razões apontadas para o declínio contínuo e a degradação das áreas florestais em Portugal [5, 6]. Este trabalho de cocriação buscou alternativas metodológicas para incentivo da participação dos proprietários florestais na gestão de suas áreas por meio do uso da tecnologia. Foi desenvolvido um aplicativo que permite com que os proprietários possam se comunicar com uma empresa prestadora de serviços de manutenção florestal, solicitando serviços em suas parcelas florestais (figuras 1 a 5). Adicionalmente criou-se uma ferramenta que permite aos usuários da plataforma o compartilhamento de equipamentos agrícolas, a próxima fase do trabalho é executar trabalho de campo junto aos proprietários florestais, coletando feedbacks de modo a aprimorar o aplicativo, bem como desenvolver metodologia que, por meio do aplicativo, permita uma maior integração entre os usuários de forma a empoderem-se no seu papel como gestores florestais, de modo a causar impacto positivo da gestão dos recursos florestais portuguesas.

autores

  • Pedro Miguel Monteiro Rodrigues
  • Pereira, Fernando Augusto
  • Nascimento, E.
  • Legrenzi, Elisa
  • Silva, G.
  • Assis, J.
  • Nunes, J.
  • Silveira, R.
  • Geraldes, Altino

data de publicação

  • janeiro 1, 2020