Sendo a filosofia de enfermagem uma filosofia humanista, interrogamo-nos em que medida a Escola poderá contribuir para a renovação das suas representações e da sua identidade profissional. É, sem dúvida, a necessidade de melhor compreender o fenómeno de formar para um desempenho profissional autónomo e gratificante que sustenta este trabalho. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, de ordem quantitativa/qualitativa, realizado em três Escolas Superiores de Enfermagem em dois grupos, um de 91 alunos do Pano (a iniciarem o curso) e outro de 82 alunos do 32 ano (a finalizarem o mesmo curso).
Os resultados obtidos permitem-nos constatar que a questão da identidade profissional continua a ser uma questão problemática e ambígua, donde ressalta a dificuldade em identificar a prática de cuidados como independente e como tal com poder e reconhecimento social. Trabalhar em complementaridade com os vários elementos da equipa de saúde é, para os inquiridos, o aspecto mais importante da prestação de cuidados, constituindo um requisito essencial para ser autónomo e criativo.