Pelas suas caraterísticas, as sociedades contemporâneas exigem um conjunto de novos saberes, impõem novas funções e responsabilidades que, originalmente, não lhe pertenciam. Neste contexto, sublinha-se o papel primordial da educação no aprofundamento da competência reflexiva crítica que conduz a uma tomada de decisões e procura de soluções para os desafios da contemporaneidade. Em todo o caso, trata-se de competências ou saber em ação e que exigem novas didáticas. Ao professor se exigem (novos) saberes, práticas, formas de pensar e organizar o processo de aprendizagem que ultrapassam claramente a aplicabilidade de todo o conhecimento académico apreendido durante a sua formação. Neste quadro, a vivência e a experiência (pessoal e formativa) assumem-se como elementos indispensáveis na (re)construção e mobilização de novos procedimentos e conhecimentos didáticos para o exercício da profissão. É neste sentido que importa aprofundar o debate acerca do desenvolvimento profissional e pessoal do professor e, consequentemente, da revalorização dos processos curriculares de ensino-aprendizagem de inovação e (trans)formação dos contextos educacionais.
