O direito ao acesso e à participação ativa de todos é garantido no artigo n.º 27 da Declaração Internacional de Direitos Humanos de 1948. Para a ONU, a definição de acessibilidade é o processo de conseguir a igualdade de oportunidades em todas as esferas da sociedade (online). Dodd e Sandell (1998) e Sassaki (2005) classificam esta ideia em diferentes dimensões para além da acessibilidade física, como a informativa, a cultural, a financeira, a emocional, a intelectual e a sensorial (Dodd & Sandell, 1998), e a arquitetónica, a comunicacional, a metodológica, a instrumental, a programática e a atitudinal (Sassaki, 2005), a serem consideradas em projetos de acessibilidade. Atualmente, a Tradução Audiovisual e as suas modalidades dispõem de recursos que promovem a mediação cultural e, consequentemente, a inclusão e a acessibilidade. Um dos principais objetivos do projeto é «trazer» o distrito de Bragança para o mapa da acessibilidade, particularmente no contexto museológico. Assim, descreveremos as fases seguidas na construção dos textos com audiodescrição e em linguagem simples, no Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro, e no Museu do Abade de Baçal, em Bragança. Paralelamente, refletiremos sobre os pontos fortes dos projetos, as dificuldades mais prementes e as estratégias utilizadas para as ultrapassar.