Alterações posturais em futebolistas Teses uri icon

resumo

  • Objetivo: Este estudo teve como objetivo, analisar a prevalência dos desvios posturais e a relação que possa existir com o nível competitivo e escalão etário, tipo de coordenação dominante, posicionamento em campo, maturação sexual, níveis de força e flexibilidade em jovens futebolistas. Métodos: A amostra, deste estudo transversal, foi constituída por 47 sujeitos do sexo masculino, com idades entre os 9 e 16 (13.02 + 2.51) anos. Para a avaliação postural foi utilizado o software SAPo com um protocolo adaptado à realidade desportiva do futebol. Para avaliação da maturação sexual recorreram-se aos estádios de pilosidade de Morris e Udry (1980). A força máxima isométrica dos membros inferiores foi medida a 60º para os movimentos de flexão e extensão do joelho com um dinamómetro. A flexibilidade foi medida com goniometria. Recorreu-se a procedimentos de natureza descritiva para a caracterização das variáveis em estudo. A análise comparativa inter grupos e intra grupos foi efetuada com recursos aos testes de Kruskall-Wallis, Mann-Whitney e Tukey, para observação das diferenças entre grupos. Com recurso ao teste de Spearmen procurou-se verificar o tipo e magnitude das correlações entre variáveis. Resultados: Os desvios mais prevalentes para a totalidade da amostra foram, na vista anterior do plano frontal, as diferenças verticais entre os acrómios (72%) e das tuberosidades das tíbias (91%), ao nível da coluna vertebral, verificou se uma relativa prevalência de problemas escolióticos sobretudo na região torácica (79%) e na região lombar (64%). O nível competitivo (benjamins, infantis, iniciados e juvenis), posição em campo (médios e avançados), lateralidade (destros e esquerdinos) e maturação sexual explicaram a existência de diferenças significativas na magnitude dos desvios posturais. Na análise associativa, apenas na vista lateral direita do plano sagital foi observada uma correlação forte da magnitude dos desvios entre as vertebras T3 e T7 com a idade e o escalão competitivo. Conclusão: Os resultados do presente estudo parecem sugerir que os jogadores de futebol jovem, estarão propensos a fatores predisponentes ao desenvolvimento de desvios posturais podendo estes vir a ser, por si só, um factor de risco à ocorrência de lesões futuras e assim limitadoras do desempenho futuro.

data de publicação

  • janeiro 1, 2014