O bagaço húmido de azeitona (BA) proveniente da extração em duas fases é
uma problemática ambiental, especialmente para Portugal. Uma das
alternativas de valorização é a compostagem, para eliminar sua fitotoxicidade.
Esta alternativa, conjugada com a aplicação dos compostos orgânicos (CO) nos
solos pobres em matéria orgânica da região Transmontana, pode ser uma
estratégia de combate à suscetibilidade do território à desertificação. Este
trabalho apresenta os resultados, em biomassa fresca e seca, obtidos em ensaio
de avaliação do crescimento vegetal de azevém anual em solos corrigidos com
CO a base de BA. O ensaio foi realizado em vasos em estufa, considerando três
CO com distintas proporções de BA (A, B e C) e um corretivo orgânico
comercial, quatro doses de aplicação (0, 10, 20 e 40 t.ha-1). Verificaram-se
diferenças significativas entre CO’s e doses, e na interação entre estes fatores,
podendo ser explicadas pelas diferentes curvas de crescimento em resposta à
taxa de disponibilização de nutrientes. Destaca-se o CO C com 25% de BA,
com tendência a superar o CO comercial nas maiores doses. Este estudo mostra
o potencial de utilização dos CO à base de BA para o incremento do
crescimento vegetal em solos pobres típicos dos olivais do NE de Portugal
O bagaço húmido de azeitona (BA) proveniente da extração em duas fases é uma problemática ambiental, especialmente para Portugal. Uma das alternativas de valorização é a compostagem, para eliminar a sua fitotoxicidade. Esta alternativa, conjugada com a aplicação dos compostos orgânicos (CO) nos solos pobres em matéria orgânica da região Transmontana, pode ser uma estratégia de combate à suscetibilidade do território à desertificação. Este trabalho apresenta os resultados, em biomassa fresca e seca, obtidos em ensaio de avaliação do crescimento vegetal de azevém anual em solos corrigidos com CO à base de BA. O ensaio foi realizado em vasos em estufa, considerando três CO com distintas proporções de BA (A, B e C) e um corretivo orgânico comercial, e quatro doses de aplicação (0, 10, 20 e 40 t.ha-1). Verificaram-se diferenças significativas entre CO e doses, e a existência de interação entre estes fatores, podendo ser explicadas pelas diferentes curvas de crescimento em resposta à taxa de disponibilização de nutrientes. Destaca-se o CO C com 25% de BA, com tendência a superar o CO comercial nas maiores doses. Este estudo mostra o potencial de utilização dos CO à base de BA para o incremento do crescimento vegetal em solos pobres típicos dos olivais do NE de Portugal.