Resposta do trigo a sementes tratadas com zinco e aplicação de zinco ao solo
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resumo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde diarreia e pneumonia são duas importantes causas de
mortalidade infantil que podem estar associadas a deficiência em zinco (Zn). O Zn é um elemento essencial
para as plantas, onde exerce papel estrutural e é co-factor de mais de 300 enzimas. Na perspetiva da
biofortificação, interessa saber se é possível aumentar a concentração em Zn nas partes comestíveis das
plantas. Neste trabalho reportam-se resultados de um ensaio de biofortificação agronómica em que se estudou
o efeito de sementes previamente biofortificadas e da aplicação de Zn ao solo em três datas e três doses em
adubação de cobertura, nas cultivares ‘Jordão’, ‘Roxo’ e ‘Nabão’. Nas fases vegetativas os tratamentos não
influenciaram o crescimento das plantas. Na colheita, os parâmetros massa do hectolitro de grão, peso de 1000
grãos, produção de grão, produção de palha, produção total e índice de colheita mostraram pouca
sensibilidade ao uso de sementes tratadas com Zn e à aplicação de Zn ao solo. De igual forma, a concentração
de Zn no grão não foi significativamente influenciada pelos tratamentos. As maiores aplicações de Zn ao solo
originaram concentrações médias de Zn no grão mais elevadas mas sem diferenças significativas para o
tratamento menos fertilizado (42,4 e 37,7 mg kg-1, respetivamente). A aplicação de Zn ao solo aumentou de
forma significativa a concentração de Zn na palha (14,7 e 25,5 mg kg-1, nas modalidades menos e mais
fertilizadas). Neste estudo, a tentativa de biofortificação com Zn através de sementes tratadas e da aplicação
de Zn ao solo teve um resultado modesto. Contudo, o resultado não põe em questão o potencial da
biofortificação agronómica. A fraca resposta à aplicação de Zn terá sido devida à boa disponibilidade natural do
elemento no solo.