Devíamos fazer mais tarefas como esta!: uma experiência em álgebra linear
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resumo
O insucesso em álgebra linear no ensino superior constitui um dilema com que muitos
professores se deparam, pelo que é fundamental que se investiguem e implementem
estratégias de ensino que conduzam a alterações significativas na aprendizagem dos
alunos. Tendo como base esta preocupação, no ano letivo 2018/2019, no âmbito da
unidade curricular de Álgebra Linear e Geometria Analítica, de dois cursos (A e B) de
licenciatura em engenharia de um instituto politécnico, propôs-se aos alunos (33 do curso
A e 28 do curso B) a realização de uma tarefa que os levasse a trabalhar, de forma
interligada, tópicos de geometria analítica e de sistemas de equações lineares. A tarefa foi
efetuada em grupo e recomendou-se o recurso ao software Microsoft Mathematics, que
permitiu, entre outros aspetos, trabalhar diferentes representações dos conceitos e
confirmar a correção de algumas das respostas dadas. Outra especificidade da tarefa, foi o
facto de iniciar com uma situação humorística, retirada da internet, que serviu para
relembrar a equação geral do plano, e de algumas questões serem orientadas a partir da
análise de uma fotografia de uma avenida da cidade de Bragança, que se podia relacionar
com a interseção de três planos. Com esta escolha, pretendeu-se, para além do aspeto
motivacional, despertar os alunos para a possibilidade de verem a realidade envolvente
com um “olhar matemático”. A reflexão sobre a experiência realizada baseou-se nas
produções dos alunos, nas perceções da professora, enquanto observadora participante, e
num questionário que foi aplicado aos alunos, que teve como principal objetivo auscultar
a sua opinião sobre o contributo da tarefa proposta para a sua aprendizagem. Em termos
gerais, a tarefa proposta foi um incentivo para que os alunos participassem mais
ativamente nas aulas, tendo assim contribuído de forma positiva para a sua aprendizagem.
O maior problema dos alunos foi terminar a tarefa extra-aula, porque tiveram dificuldades
na sua resolução ou em reunir os elementos do grupo. Porém, a maioria concorda ou
concorda totalmente que a tarefa proposta foi motivadora (87,9% curso A, 78,6% curso
B) e os ajudou a refletir sobre vários conceitos/procedimentos em que tinham
dificuldades (87,9% curso A, 60,7% curso B). Quanto ao Microsoft Mathematics, a
maioria dos alunos concorda ou concorda totalmente que ele os ajudou a compreender
melhor os conteúdos e contribuiu para que entendessem a relação entre as representações
gráfica e algébrica.
O insucesso em álgebra linear no ensino superior constitui um dilema com que muitos professores
se deparam, pelo que é fundamental que se investiguem e implementem estratégias de ensino que
conduzam a alterações significativas na aprendizagem dos alunos. Tendo como base esta preocupação,
no ano letivo 2018/2019, no âmbito da unidade curricular Álgebra Linear e Geometria Analítica, de
dois cursos (A e B) de licenciatura em engenharia de um instituto politécnico, propôs-se aos alunos
(33 do curso A e 28 do curso B) a realização de uma tarefa que os levasse a trabalhar, de forma
interligada, tópicos de geometria analítica e de sistemas de equações lineares. A tarefa foi efetuada
em grupo e recomendou-se o recurso ao software Microsoft Mathematics, que permitiu, entre outros
aspetos, trabalhar diferentes representações dos conceitos e confirmar a correção de algumas das
respostas dadas. Outra especificidade da tarefa, foi o facto de iniciar com uma situação humorística,
retirada da internet, que serviu para relembrar a equação geral do plano, e de algumas questões
serem orientadas a partir da análise de uma fotografia de uma avenida da cidade de Bragança, que
se podia relacionar com a interseção de três planos. Com esta escolha, pretendeu-se, para além do
aspeto motivacional, despertar os alunos para a possibilidade de verem a realidade envolvente com
um "olhar matemático". A reflexão sobre a experiência realizada baseou-se nas produções dos alunos,
nas perceções da professora, enquanto observadora participante, e num questionário que foi passado
aos alunos, que teve como principal objetivo auscultar a sua opinião sobre o contributo da tarefa
proposta para a sua aprendizagem. Em termos gerais, a tarefa proposta foi um incentivo para que
os alunos participassem mais ativamente nas aulas, tendo assim contribuído de forma positiva para
a sua aprendizagem. O maior problema dos alunos foi terminar a tarefa extra-aula, porque tiveram
dificuldades na sua resolução ou em reunir os elementos do grupo. Porém, a maioria concorda ou
concorda totalmente que a tarefa proposta foi motivadora (87,9% curso A, 78,6% curso B) e os ajudou
a refletir sobre vários conceitos/procedimentos em que tinham dificuldades (87,9% curso A, 60,7%
curso B). Quanto ao Microsoft Mathematics, a maioria dos alunos concorda ou concorda totalmente
que ele os ajudou a compreender melhor os conteúdos e contribuiu para que entendessem a relação
entre as representações gráfica e algébrica.