Tendências do consumo de mel em Bragança, Portugal
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resumo
As propriedades medicinais, terapêuticas, dietéticas e nutricionais do mel
são responsáveis pelo aumento do consumo deste produto. Este trabalho pretende
traçar o perfil do consumidor do mel e descrever os seus hábitos de compra e
consumo. Para este fim, foi realizado um estudo quantitativo, observacional,
transversal e analítico. Para a recolha de dados, que decorreu em de março a maio
de 2016, utilizou-se um questionário que foi administrado a consumidores de
Bragança, cidade localizada no nordeste de Portugal. Foi recolhida uma amostra
acidental de 474 indivíduos (57,1% do género masculino e 42,9% do género
feminino), com idades compreendidas entre os 18 e 99 anos. Para efetuar o
tratamento estatístico dos dados recorreu-se ao software SPSS 23.0. A maioria dos
consumidores de mel tinha idade compreendida entre 25 e 64 anos, era do género
feminino, era trabalhador, tinha habilitações literárias ao nível do ensino superior,
vivia em agregados familiares de 4 pessoas com um rendimento mensal até 999
euros em ambiente urbano. Verificou-se que o perfil do consumidor de mel era,
estatisticamente, diferente daqueles que não consomem mel quanto à situação
profissional e ao rendimento mensal do agregado familiar. Relativamente à situação
profissional, os trabalhadores consumiam mais mel que os desempregados. Quanto
ao rendimento mensal do agregado familiar, verificou-se que quem mais consumia
mel eram aqueles que auferiam rendimentos entre 1000 e 1499 euros. Os indivíduos
que auferiam rendimentos entre 1500 e 1999 euros consumiam menos mel.
Relativamente aos hábitos de consumo, verificou-se que a maioria dos inquiridos era
consumidora de mel. Dos 399 inquiridos que consumiam mel, a maioria preferia
consumir mel de origem nacional no Outono/Inverno uma vez por semana ou uma
vez por mês misturado com outros alimentos ou utilizado como remédio quando
estão doentes. A preferência pelo mel nacional é explicada por fatores como a
qualidade, o contributo para o desenvolvimento da economia regional, a
confiabilidade e a proximidade. De facto, o mel é adquirido, com frequência, junto
do produtor. Trata-se de um produto que, na opinião da maioria dos consumidores
de mel, não é supérfluo, não é caro nem barato, sendo o preço justo, em média, 3,9
euros por quilograma. Os consumidores de mel preferiram as embalagens com maior
capacidade (0,5 e 1 Kg), de preferência frascos de vidro devidamente rotulados.