Nível de satisfação dos recursos humanos das farmácias portuguesas: o caso do distrito de Bragança
Visão geral
Pesquisas
Informação adicional documento
Ver Todos
Visão geral
resumo
O trabalho é um dos aspetos mais relevantes na vida de um indivíduo. Para
além de permitir a produção de bens e serviços para a satisfação das
necessidades da sociedade, é de extrema importância, quer para as
organizações, quer para a saúde e bem-estar dos trabalhadores. A literatura
tem evidenciado as relações positivas existentes entre a satisfação dos
trabalhadores com os níveis de produtividade, a qualidade dos produtos e
serviços oferecidos e a própria imagem das organizações. Este estudo avalia o nível de satisfação com o trabalho, na perspetiva dos profissionais de
farmácia, em seis dimensões, nomeadamente, Segurança com o futuro da
profissão; Apoio da Hierarquia; Reconhecimento pelos outros do trabalho
realizado; Condições físicas do trabalho; Relação com os colegas; e
Satisfação com a profissão. Na recolha de dados, que decorreu de fevereiro
de 2012 a fevereiro de 2013, foi utilizada a Escala da satisfação com o
trabalho validada para Portugal por Pais-Ribeiro & Maia (2002). Participaram
neste estudo 105 profissionais de Farmácia Comunitária do Distrito de
Bragança, dos quais 41% eram Farmacêuticos, 32,4% eram Técnicos de
Farmácia e 26,7% eram Técnicos Auxiliares de Farmácia. Os profissionais
tinham idades compreendidas entre os 21 e os 65 anos, sendo a maioria do
género feminino (65,%). Registou-se um nível de satisfação global com o
trabalho moderado (Média = 4,3; DP±0,653) numa escala de 1 a 6. Tendo em
conta as várias dimensões da satisfação com o trabalho, verificou-se que o
nível de satisfação variou de moderado a elevado, tendo-se destacado a
Relação com os colegas e o Reconhecimento pelos outros do trabalho
realizado com níveis elevados de satisfação. Este estudo revelou existirem
diferenças, estatisticamente, significativas, quanto à satisfação com o
trabalho, na dimensão, Apoio da hierarquia, entre as categorias
profissionais (Χ2=12,686; p =0,046<0,05) e as classes etárias (Χ2=8,397;
p=0,038<0,05). São os mais novos e os farmacêuticos os que, em maior
número, menos apoio sentem receber da hierarquia. Dada a relevância da
satisfação com o trabalho, quer para o bem-estar dos indivíduos, quer para
o crescimento e desenvolvimento das organizações, a promoção do bemestar
do trabalhador pode conduzir a comportamentos por parte do
trabalhador que afetam positivamente o funcionamento organizacional
refletindo-se este na própria imagem da organização.