O Guia Interpretativo EVS 2020 visa dar a conhecer as principais alterações e inovações constantes nesta nova edição das Normas Europeias de Avaliação, procurando esclarecer a sua finalidade, abor- dagem e aplicabilidade ao contexto nacional, bem como elencar um conjunto de recomendações para melhorar a adoção deste normativo.
O contexto global em que vivemos impõe a criação de procedimentos e regras comuns que estão na
base da elaboração de normas internacionais de avaliação (standards internacionais). A existência destas
normas internacionais apresenta um conjunto de benefícios tais como a eliminação das barreiras
geográficas aliada à facilidade de comunicação, a redução das assimetrias de informação, o aumento
do grau de transparência dos documentos e a facilitação da entrada em novos mercados. Da sua aplicação,
resultam relatórios de avaliação que constituem uma importante ferramenta de prestação de
contas e uma medida de transparência por parte das organizações e setores.
Neste quadro, existem três organizações reconhecidas e aceites universalmente, que assumem a responsabilidade
pela produção de diretrizes internacionais (normas e padrões) e que servem de referência
na atividade da avaliação do património: TEGOVA - The European Group of Valuers Associations
(responsável pelas Normas EVS European Valuation Standards); RICS - Royal Institution of Chartered
Surveyors (responsável pelo Red Book); IVSC – International Valuation Standards Committee (responsável
pelas Normas IVS - International Valuation Standards). Qualquer um destes organismos tem como
preocupação central consolidar os principais fatores de confiança que estão subjacentes aos processos
de avaliação de património, como sejam a consistência, objetividade e transparência.