Resposta do trigo a sementes tratadas com zinco e aplicação de zinco ao solo
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resumo
O trigo é um dos principais constituintes da dieta da humanidade. Nesta perspetiva, assume particular
importância o enriquecimento do grão em nutrientes que possam colmatar carências nutricionais, como é o
caso do zinco (Zn). De acordo com a Organização Mundial de Saúde diarreia e pneumonia são duas importantes
causas de mortalidade infantil que podem estar associadas a deficiência em zinco. Cerca de 40% da população
mundial não atingirá as recomendações diárias de zinco. O zinco é um elemento essencial também para as
plantas, onde exerce papel relevante associado a fenómenos de transferência de eletrões em reações de
oxidação-redução e na ativação de enzimas. Contudo, na perspetiva da biofortificação interessa saber se é
possível aumentar a concentração em zinco nas partes comestíveis, que no caso do trigo é o grão. Neste
trabalho reportam-se resultados de um ensaio de biofortificação agronómica em que se estudou o efeito de
sementes biofortificadas e da aplicação de Zn solo em adubação de cobertura (3 datas de aplicação e 3 doses)
em três variedades de trigo (Jordão, Roxo e Nabão). Nas fases vegetativas o crescimento das plantas não foi
afetado pelos tratamentos às sementes ou ao solo. Na colheita, os parâmetros de produção avaliados (massa
do hectolitro de grão, peso de 1000 grãos, produção de grão, produção de palha, produção total e índice de
colheita) não foram significativamente influenciados pelos tratamentos de zinco às sementes ou ao solo. A
produção de grão aproximou-se de 5500 kg ha-1 e não variou significativamente entre variedades. Contudo, o
peso de 1000 grãos foi significativamente mais baixo na cv. Nabão e mais elevado na cv. Roxo. Os tratamentos
com zinco às sementes e ao solo parecem não influenciar o desempenho da cultura do trigo.