A construção de uma ostomia de eliminação intestinal, confere à pessoa portadora, necessidades acrescidas e processos de transição,
sendo obrigada a adaptações e transformações a vários níveis.
Objetivo: Analisar os fatores que influenciam a adaptação da pessoa à ostomia de eliminação, numa consulta de Estomaterapia de uma unidade
local de saúde do norte de Portugal.
Métodos: Estudo analítico transversal, com 21 pessoas portadores de ostomia de eliminação, seguidos em Consulta de Enfermagem de
Estomaterapia, durante o mês de julho de 2023. Foi utilizado a Escala de Adaptação à Ostomia de Eliminação de Sousa et al, 2015. Recorreu-se
à estatística descritiva para todas as variáveis, à correlação de Spearman e para a comparação de médias ao teste t de student. O estudo obteve
parecer favorável da Comissão de Ética.
Resultados: A maioria dos participantes são do sexo masculino (66,7%), com uma média de idades de 69,14 anos, casados ou em união de facto,
com o ensino básico, reformados (66,7% ), vivem com o companheiro (61,9%), possuem colostomia (85,7% ) e são definitivas (57,1%). O total
da escala apresentou o valor médio de 177,49± 19,62 pontos evidenciando boa adaptação à ostomia. As características sociodemográficas e
clínicas, não se associaram com as dimensões e com o total da Escala de adaptação à ostomia de eliminação.
Conclusão: Registamos uma boa adaptação à ostomia. Sugerimos a elaboração de um guia de cuidados para orientação da pessoa ostomizada e
de ações de empoderamento para promoção da adaptação à ostomia de eliminação