Este trabalho teve como objectivo avaliar a dinâmica temporal do armazenamento
de carbono nos compartimentos solo, horizonte orgânico e biomassa da vegetação
arbustiva, na sequência da aplicação de um fogo controlado, numa área de matos do
Parque Natural de Montesinho, NE Portugal. Em 11 locais distribuídos aleatoriamente,
foi avaliada a biomassa das espécies arbustivas e do horizonte orgânico e colhidas
amostras de solo, antes do fogo controlado, dois meses, seis meses e três anos pós-fogo.
Trinta e seis meses após o fogo, o carbono armazenado na biomassa aérea das espécies
arbustivas (7,4 Mg C ha-1) e nos horizontes orgânicos (1,6 Mg C ha-1), representa cerca
de metade do carbono armazenado na situação original (antes do fogo controlado). Em
oposição, o solo registou um aumento de 10% da quantidade de carbono (6,4 Mg ha-1).