Financiamento do setor de saúde em São Tomé e Príncipe Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • São Tomé e Príncipe, como um país insular, apresenta um Sistema de Saúde deficitário cujo desenvolvimento carece de investimentos estruturantes para melhorar a qualidade de vida das populações. Nesta conjuntura a economia adotou uma política de gestão de recursos financeiros na saúde em que o Estado e o setor privado possuem um papel impulsionador recorrendo a ajuda externa, e ao sistema financeiro, na busca de recursos financeiro para implementar o programa do governo no âmbito da saúde para todos. Nesta perspetiva, a motivação por trás do trabalho de investigação que se propõe consiste em analisar o setor da saúde do ponto de vista da evolução do seu financiamento e do papel do Estado no setor de forma a identificar e discutir quais são os melhores mecanismos de financiamento e a forma adequada de garantir uma gestão eficaz e eficiente desses recursos. Para atingir os objetivos propostos o trabalho foi elaborado a partir de revisão bibliográfica, que se verificou escassa na análise dos aspetos financeiros relacionados com o setor da saúde; da análise de documentos orientadores de políticas e estratégias nacionais de saúde e da análise de dados estatísticos recolhidos pelo Observatório Africano da Saúde. Conclui-se que a diminuição das despesas com a saúde per capita decresceram, sobretudo, devido ao crescimento da população e à fonte de deterioração verificada na gestão financeira do sistema de saúde. Por outro lado a diminuição da proporção das despesas de saúde no total das despesas públicas só foi possível porque o país vem dispondo de outras fonte de financiamentos que permitiram gerir, com menores custos de bem-estar, a redução dos recursos. De facto, apesar do governo ser o responsável pela política de saúde, não se pode dizer que seja o principal financiador – a larga maioria de despesas em saúde são suportadas pelas economias doadoras.

autores

  • Amado, Helen

data de publicação

  • janeiro 1, 2015