Representações dos alunos acerca da iniciação à prática profissional: um balanço após Bolonha
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Visão geral
resumo
A reorganização da formação inicial dos educadores de infância e professores do
ensino básico e secundário é um dos aspetos a destacar no quadro do Processo de
Bolonha, sendo enquadrada pelo Decreto-lei n.º 43/2007. Neste, a iniciação à prática
profissional é definida como uma das seis componentes da formação e define que as
atividades desta decorrem nas escolas cooperantes e incluem “a observação e
colaboração em situações de educação e ensino e a prática de ensino supervisionada
na sala de aula da escola” (Artigo 14º, alínea a, n.º4). Particulariza a necessidade da
valorização desta componente e especifica que deve, em grande parte, ser destinada
à prática de ensino supervisionada, “dado constituir o momento privilegiado, e
insubstituível, de aprendizagem da mobilização dos conhecimentos, capacidades,
competências e atitudes, adquiridas nas outras áreas, na produção, em contexto real,
de práticas profissionais adequadas a situações concretas na sala de aula, na escola e
na articulação desta com a comunidade” (Decreto-lei n.º 43/2007, introdução). Ao nível
dos mestrados esta centralidade na prática de ensino supervisionada é visível,
ocupando cerca de 50% da carga horária.
A componente de iniciação à prática profissional, quer nas unidades curriculares da
Licenciatura em Educação Básica, quer na prática de ensino supervisionada constante
dos mestrados, envolve imperiosamente o processo de supervisão, processo este que
implica múltiplos atores: o aluno (estagiário), o professor supervisor, o orientador
cooperante e todos os que constituem o contexto educativo.
Esta comunicação resultado de um estudo exploratório de natureza interpretativa,
tendo a recolha de dados sido efetuada através de um questionário realizado a 98
alunos da Escola Superior de Educação de Bragança (da Licenciatura em Educação
Básica e dos Mestrados em Educação Pré-escolar, em Educação Pré-Escolar e
Ensino do 1.º Ciclo, e em Ensino do 1.º e do 2.º Ciclo do Ensino Básico), que teve
como principal objetivo recolher indicadores que, neste primeira etapa, ajudem a
repensar a organização e funcionamento da iniciação à prática profissional. Neste
contexto, pretendemos dar a conhecer as representações dos alunos sobre a
importância da iniciação à prática profissional e caraterizar a natureza das qualidades
supervisivas que reconhecem como facilitadoras do seu desenvolvimento profissional.