A subjetividade da escolha relaciona-se intrinsecamente com a intenção e o resultado esperado desta junção de
linguagens artísticas que, a serem bem conseguidas, são complementares e até mesmo unas no seu todo e produto
mas que, a não acontecer, pode redundar na simples destruição / destituição de dois universos comunicacionais
e artísticos que se podem separar perfazendo a diminuição da perceção da intencionalidade de qualquer escolha
musical, quer no complexo plano da criação (banda sonora original) quer no plano da simples adaptação musical.
As regras, quando deliberadamente quebradas pela via de uma intencionalidade artística associada podem resultar
em algo de magnifico mas que deverão prevalecer, apenas e só, quando o individuo que decide tecnicamente
sobre esta matéria (independentemente da sua função) saiba, minimamente, a matriz e as regras de uma escolha
como acrescento de algo ao objeto artístico que se quer comum. Mesmo assim, tudo é plausível e justificável se
sustentado por uma intencionalidade artística e objetiva que provoque (ou tente) uma sensação, uma emoção ou
transmitir algo inesperado, improvável ou até mesmo adverso e distinto em termos de linguagem artística das
partes (e / ou entre partes). Mas tudo o que cada espetador, independentemente da sua literacia ou conhecimento
artístico, possa sentir, percecionar ou imaginar podem, como seria espectável, dividir opiniões e por em causa
(nem que no estrito universo da critica teatral ou musical formal) as escolhas ou, até mesmo, aplaudir de pé, uma
escolha ou uma obra dirigida a um momento em particular. A subjetividade na escolha e na aceitação do objeto
ou momento artístico interdisciplinar reina neste reino maravilhoso da arte em que pode ser possível juntar num
universo tudo, o que dois universos podem constituir, dizer, expressar, ou simplesmente transmitir