Os pequenos ruminantes são animais poliéstricos
sazonais, exibindo atividade reprodutiva
preferencialmente em dias de fotoperíodo
"decrescente" ou "curto", para que os partos
ocorram na primavera, altura em que as condições
ambientais são mais favoráveis tanto
para a fêmea como para as crias. Na nossa latitude,
a sazonalidade reprodutiva tende a ser
pouco marcada. No norte de Portugal, a estacão
reprodutiva começa por volta do solstício
de verão e a estação de anestro após o solstício
de inverno.
A domesticação dos pequenos ruminantes
não alterou o seu padrão reprodutivo, pois
durante milhares de anos a sua criação continuou
a estar muito dependente das condições
ambientais, particularmente das disponibilidades
naturais de alimentos. Atualmente,
esta característica constitui um dos maiores
obstáculos à maximização da rentabilidade
das explorações intensivas e semi-intensivas
destes animais.
O controlo da atividade reprodutiva é
uma das técnicas de maneio mais importantes
em qualquer exploração animal. Possibilita
um melhor planeamento das seguintes
atividades:
Alimentação dos reprodutores, conforme
as disponibilidades alimentares e o estádio
fisiológico das fêmeas (l, 2);
. Maneio reprodutivo mais eficiente, com
redução dos períodos improdutivos e incremento
do progresso genético (l, 3-5);
. Épocas de cobrição e de parição, segundo
as variações anuais dos preços de mercado e
das disponibilidades de mão de obra (l, 4, 6);
Melhor assistência aos partos e consequente
diminuição da mortalidade perinatal(
7);
Maneio sanitário, de acordo com as principais
patologias locais, o estádio fisiológico
das fêmeas e o momento da venda
dos produtos finais (l, 2).
autores
Teresa Maria Montenegro de Araújo Almendra Correia