Atitudes e comportamentos financeiros dos alunos de uma instituição de ensino superior portuguesa
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resumo
Este trabalho pretende compreender o comportamento financeiro dos alunos de uma
instituição de ensino superior portuguesa. Para este fim, foi realizado um estudo
quantitativo, observacional, transversal e analítico. Foi recolhida uma amostra
acidental de 1290 indivíduos com idades compreendidas entre os 16 e os 43 anos. A
maioria era do género feminino, tinha nacionalidade portuguesa, frequentava o 2Q ano
de uma licenciatura na Escola Superior de Educação, vivia em agregados familiares de
3 ou 4 pessoas com um rendimento mensal até 800 euros. Os progenitores tinham
habilitações literárias ao nível do 3º ciclo do ensino básico ou do ensino secundário.
Para efetuar o tratamento estatístico dos dados recorreu-se ao software SPSS 23.0.
Verificou-se que o perfil do estudante que tinha contraído empréstimos bancários era,
estatisticamente diferente, daquele que não os tinha contraído. As diferenças
identificadas diziam respeito às habilitações literárias dos progenitores
(concretamente, do pai) e à idade do estudante. Trata-se de alunos cujo pai tinha
escolaridade inferior ao 1º ciclo e dos alunos que tinham mais idade. Os resultados
relativos à socialização parental, ensinamentos parentais e otimismo financeiro
registaram valores ligeiramente acima do moderado. Já, no que diz respeito ao
rendimento subjetivo do aluno e da família, os estudantes consideram estar abaixo dos
valores que seriam necessários para cobrir todas as obrigações e satisfazer todas as
necessidades. Quanto à intenção do estudante vir a contrair empréstimos no futuro, foi
registada uma probabilidade elevada de o vir a fazer para fazer face a despesas com
habitação, bens de 1ª necessidade, educação e saúde. Por fim, no que diz respeito às
atitudes do estudante face ao endividamento, pode dizer-se que é uma atitude
conservadora pois, apesar de considerarem o recurso ao crédito como um ato normal
na sociedade atual, consideraram, também, que o recurso ao crédito deve servir,
essencialmente, para fazer face a despesas relacionadas com a satisfação de
necessidades básicas.