A diabetes Mellitus tipo 2, doença metabólica crónica, alia, a si, efeitos deletérios, constituindo
um problema de saúde pública, equiparando-se a uma epidemia. Com efeito, a doença assume como base
etiológica não apenas fatores genéticos, mas também comportamentais, passíveis de prevenção,
nomeadamente ao nível do plano dietético. Objetivo: Verificar se existe associação entre o nível de
Adesão à Dieta Mediterrânica e o Índice de Massa Corporal, em indivíduos diabéticos tipo 2. Material e
Métodos: Estudo observacional, transversal, de cariz quantitativo, baseado numa amostra não
probabilística por conveniência, com 60 diabéticos adultos. Para recolha de dados, utilizou-se um
questionário, que incluía a caracterização sociodemográfica, dados clínicos, antropométricos e o Score
MEDAS para avaliação da Adesão à Dieta Mediterrânica. Resultados: Constatou-se um nível moderado
de adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico em 60% dos inquiridos. No que diz respeito ao índice de
massa corporal, 43.3% foram classificados com excesso de peso, 38.3% eutróficos e 16.7% obesos. Foi
observada a existência de uma correlação estatisticamente significativa inversa e moderada, ao nível de
significância de 5%, entre o índice de adesão MEDAS e o índice de massa corporal (p-value= 0.05 e ró= -
0.356). Conclusão: Os resultados deste estudo evidenciam a necessidade de aumentar a literacia na
população diabética relativamente aos benefícios da adoção de um padrão alimentar mediterrânico
O I Congresso Internacional de Bem-Estar e Saúde Mental nos estudantes do ensino superior, promovido
pela equipa do Projeto D.R.E.A.M. em parceria com a Escola Superior de Hotelaria e Bem-estar do IPB,
realizou-se no dia 14 de dezembro em Chaves. O objetivo principal foi apresentar o Projeto D.R.E.A.M.
financiado pelo programa POCH e Portugal 2020.
O recurso à arte para finalidades terapêuticas têm sido uma constante no decurso da história da
humanidade, presente em rituais religiosos ancestrais, no pensamento filosófico clássico e em práticas
civilizacionais antigas (Stewart & Irons, 2018) (Sufie & Sidik, 2017). Atualmente, tem vindo a ser crescente
o interesse pelas qualidades terapêuticas da arte, em particular pelas artes performativas, enquanto
fatores de geração de bem-estar nas populações na sociedade moderna (Sheppard & Broughton, 2020). A
noção de bem-estar apresenta-se como um referencial multidimensional de qualidade de vida, que
também pode ser determinado pelo impacto de experiências criativas na regulação de emoções e de
comportamentos, podendo assim contribuir para a manutenção da saúde mental. O Relatório Mundial de
Saúde Mental alerta para a necessidade da valorização de práticas que promovam experiências capazes de
suprir necessidades constatadas ao nível da saúde mental em todo o mundo (World Health Organization,
2022). Neste sentido, as práticas musicais e os cuidados de saúde parecem partilhar algumas
caraterísticas em comum, tais como o facto de serem relacionais, estéticas e temporais (Crawford et al.,
2015), podendo constituir-se como um mecanismo poderoso para a preservação da saúde mental e,
consequentemente, para a melhoria dos índices de bem-estar das pessoas.